Tarifa de ônibus em Curitiba aumenta para R$ 6 a partir de quarta, dia 1º

A tarifa de ônibus em Curitiba sofrerá um aumento de R$ 0,50, passando de R$ 5,50 para R$ 6 a partir de quarta-feira, 1º de março de 2023.

O reajuste representa 9% e está abaixo do aumento dos custos do transporte coletivo na cidade, que acumulou uma alta de 13,3% no último ano.

Por contrato, a tarifa é reajustada anualmente, no final de fevereiro, com base na variação de custos do transporte.

No entanto, devido à pandemia, a tarifa foi congelada nos anos de 2020 e 2021. Em 2022, o reajuste foi de 22%.

A Urbanização de Curitiba destaca que o valor do reajuste deste ano é o mínimo possível para manter a sustentabilidade do sistema, levando em consideração o aumento de custos, como o diesel, que subiu 16% e os custos de veículos, que subiram 9,58%.

“Estamos mantendo, para o passageiro, tarifa social, pela qual ele paga um valor menor do que o custo real do sistema, que é a chamada tarifa técnica. Se atualizássemos pelo custo real, o passageiro teria que pagar R$ 7,05. O valor da tarifa técnica subiu 11% entre março de 2022 e março de 2023”, diz o presidente da Urbs.

Aumento custos
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Curitiba
Tarifa técnica Curitiba
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Curitiba
Tarifa usuário
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Curitiba

Subsídio assegura valor menor ao usuário

A tarifa social no setor de transporte urbano de passageiros é possível através do subsídio financeiro do poder público. Este subsídio cobre a diferença entre o custo real do sistema e o valor pago pelo usuário.

Neste ano, o subsídio deve somar R$ 206 milhões, sendo R$ 66 milhões provenientes da Prefeitura de Curitiba, já previstos no orçamento, e o restante vindo do governo federal para pagamento da gratuidade dos idosos e do convênio com o governo estadual para a integração metropolitana.

As isenções para idosos, pessoas com deficiência, estudantes e a possibilidade de integração da rede de transporte urbano para passageiros da Região Metropolitana serão mantidas.

Cartão-usuário e vale-transporte

Para quem adquiriu créditos por meio de vale-transporte (aquele em que o empregador carrega os créditos para seus funcionários), o novo valor da tarifa só vale para novas compras. Assim, se o usuário tinha dez passagens a R$ 5,50 (R$ 55), ele continuará com o mesmo número de bilhetes com um prazo de carência para uso de 30 dias a partir de 1º de março. Após esse período, o desembolso será de R$ 6 por tarifa.

Para o cartão-usuário (que é carregado por pessoa física), no entanto, não há carência e passa a valer a nova tarifa de R$ 6 sobre os créditos já adquiridos a partir de 1º de março.

Créditos
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Curitiba

Linhas com tarifa reduzida

A Prefeitura de Curitiba também vai manter a política de preço reduzido fora do horário de pico. O benefício engloba 11 linhas, cujo valor passa de R$ 4,50 para R$ 5.

Esse valor é válido das 9h às 11h e das 14h às 16h e para pagamento exclusivo com o cartão-transporte usuário. As linhas são: 

  • 212 Solar
  • 213 São João
  • 214 Tingui
  • 265 Ahú – Los Angeles
  • 461 Santa Bárbara
  • 965 São Bernardo
  • 661 Vila Lindóia
  • 662 Dom Ático
  • 666 Novo Mundo
  • 860 Vila Sandra
  • 870 São Braz
Preço pico
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Curitiba

Como é feito o cálculo da tarifa?

O valor final da tarifa de transporte coletivo é determinado por uma série de fatores, incluindo gastos com diesel, salários dos funcionários, impostos trabalhistas, manutenção da frota, limpeza dos ônibus, estações-tubo e terminais, e renovação da frota.

A quantidade de passageiros pagantes também influencia na tarifa, sendo que quanto menor o número de passageiros, maior o valor da tarifa.

Devido à pandemia, o número de passageiros no transporte coletivo está 26% abaixo do registrado antes da pandemia (744 mil/dia), com uma média de 550 mil/dia.

Os regimes de trabalho em home office e híbrido adotados durante a pandemia devem permanecer e muitas pessoas mudaram para morar perto do trabalho, o que também afeta o número de passageiros. O novo normal é 80% do movimento que havia antes da pandemia.

Capital com maior integração no sistema de transporte

O presidente da Urbs destaca que uma das grandes vantagens do transporte coletivo de Curitiba em relação a outras grandes cidades é o porte da integração com a Região Metropolitana de Curitiba. O transporte coletivo da capital é considerado o mais integrado do país, conectando Curitiba a 15 municípios da RMC, com 61 linhas de ônibus.

A ampla rede de conexão permite que, com apenas uma passagem, o usuário percorra uma longa distância, passando por mais de um município da região. Por mês, 2,25 milhões de passageiros dos municípios da Região Metropolitana ingressam no sistema de transporte coletivo de Curitiba sem pagar uma nova passagem.

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