Como o IPK afeta a qualidade do transporte público em Curitiba

O “Brasil de Fato Paraná” abordou os desafios enfrentados pelo sistema de transporte público na Região Metropolitana de Curitiba, especialmente centrando-se no uso do Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) como parâmetro de operação.

Este índice, embora seja comumente utilizado para medir a eficiência e a rentabilidade das linhas de ônibus, muitas vezes resulta em superlotação e baixa disponibilidade de serviço para os usuários.

A política tarifária baseada no IPK tem implicações diretas na qualidade do serviço oferecido. A pressão para manter ou aumentar o IPK pode levar à redução da quilometragem média mensal dos veículos, menos viagens e uma menor cobertura de transporte, especialmente nas áreas periféricas.

Isso contribui para um ciclo vicioso onde a queda na qualidade do serviço resulta na evasão de passageiros para alternativas de transporte privado, exacerbando ainda mais os problemas financeiros do sistema de transporte público.

Além disso, o “Brasil de Fato Paraná” destacou a desigualdade no acesso ao transporte público de qualidade, especialmente para os residentes das áreas periféricas que dependem mais do serviço, apesar de receberem menos investimentos em infraestrutura e manutenção.

Para enfrentar esses desafios, propõe-se desvincular a remuneração do sistema de transporte do IPK e aumentar os investimentos em infraestrutura e serviços, garantindo maior frequência e cobertura.

A iniciativa também destaca a importância de políticas públicas que promovam a sustentabilidade ambiental e a justiça social na mobilidade urbana, conforme proposto pelo manifesto do Instituto de Defesa de Consumidores – IDEC.

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