Curitiba poderá ter investimento alemão para a eletromobilidade

Curitiba e o KfW Bankengroupe, o banco de Desenvolvimento da Alemanha, firmaram nesta segunda-feira (7/11) uma parceria para a estruturação técnica e financeira de projetos do Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba.

O protocolo de intenções foi assinado pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca, acompanhado do vice-prefeito Eduardo Pimentel, pelo responsável pela divisão de Mobilidade Sustentável e Desenvolvimento Social do KfW na América Latina, Frank Weiler, a diretora da Representação da KfW no Brasil, Saskia Berling, e os presidentes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, e da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

“Estamos dispostos a avançar e preparados para investir em eletromobilidade. Nossa visão é a de que temos uma obrigação com o planeta”, afirmou Greca.

A cooperação entre as partes, com validade de 24 meses, prevê a possibilidade da abertura de linhas de crédito do governo alemão para implantação da eletromobilidade em larga escala na capital paranaense.

Referência

Frank Weiler destacou o modelo de transporte curitibano como referência.

“Curitiba é uma cidade que tem a fama de ser pioneira na mobilidade pública moderna. Na KfW, como chefe da divisão, tenho como responsabilidade auxiliar na mobilidade urbana na América Latina. Estamos aqui para ver as possibilidades que existem”, observou o responsável pela divisão de Mobilidade Sustentável e Desenvolvimento Social do banco alemão.

A diretora da Representação da KfW no Brasil, Saskia Berling, informou que a equipe do KfW visitou algumas cidades brasileiras com vistas a dar suporte para as áreas de mobilidade e desenvolvimento urbano e reforçou a intenção em apoiar os projetos curitibanos.

“Temos uma história de cooperação e o interesse de ampliar essa parceria”, reforçou Saskia.

 Mudança da matriz energética

O coordenador de Projetos Sênior no KfW Brasil, Luciano Schweizer, destacou que a mudança da matriz energética possibilita ganhos operacionais ao longo do tempo que acabam viabilizando financiamentos para os municípios. “É algo similar ao que aconteceu com a energia solar no Brasil, uma tecnologia que no início não se apostava e que gerou a redução de custos viabilizando financiamentos com prazos compatíveis”, observou.

O presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, ressaltou a meta de Curitiba de encaminhar o processo de mudança da matriz energética do transporte tendo em vista a renovação do contrato de concessão do transporte prevista para 2024.

“A ideia é prepararmos um novo modelo de concessão voltado à evolução do sistema de transporte e de forma a atender aos compromissos de redução de emissões definidos no PlanClima”, disse o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.

Para o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, o momento é favorável para a evolução do modelo de transporte para uma nova solução.

“Parcerias são bem-vindas neste momento em que estruturamos o processo de inovação”, reforçou o presidente da Urbs, Ogeni Maia Neto. 

Também participaram do evento de assinatura, realizado no Ippuc, a gerente de Projetos de Saneamento e Mobilidade Urbana no KfW Brasil, Agatha Conde; o assessor de Relações Internacionais da Prefeitura, Rodolpho Zanin Feijó; a assessora de Investimentos do Ippuc, Ana Cristina Jayme; e o assessor da área de Mobilidade, Cléver Almeida.

Parceria

O KfW já dá suporte a Curitiba com a contratação de consultoria, com recursos a fundo perdido, para os estudos de pré-viabilidade para descarbonização das linhas Inter 2, e do Corredor BRT Leste-Oeste e de ônibus elétricos na linha Interbairros II.

Os estudos em andamento envolvem a definição de modelos de sistemas de descarbonização das linhas Inter 2, Interbairros II e do Corredor BRT Leste-Oeste, adequados às características socioeconômicas, técnico-operacional do sistema de transporte e às leis e regulamentações vigentes em Curitiba. Também fazem parte desse processo, a avaliação dos custos e dos investimentos necessários ao longo do contrato atual e sob a perspectiva de um novo contrato de concessão do transporte público, a partir de 2025, bem como das possíveis fontes de financiamento para descarbonização das linhas priorizadas.

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