O déficit da Rede Integrada de Transporte (RIT) Coletivo de Curitiba ultrapassou R$ 100 milhões em setembro, superando a previsão inicial de R$ 60 milhões para o ano. As informações são do “Plural“.
A Prefeitura gastará R$ 106 milhões a mais do que arrecadou para manter o serviço, valor que excede o orçamento anual da Fundação Cultural de Curitiba e é 4,8 vezes maior que o orçamento para o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.
A disparidade ocorre porque as concessionárias são remuneradas com base numa tarifa técnica média de R$ 7,10, enquanto a tarifa social cobrada dos passageiros é de R$ 6,00.
A diferença de R$ 1,10 por passageiro e a queda no número de usuários desde 2009 contribuem para o déficit crescente.
Além disso, as empresas continuam a receber uma remuneração que cobre os custos e garante uma “rentabilidade justa”, mesmo com problemas de qualidade no serviço.