Óbitos por atropelamento caem pela metade em Curitiba em 2021, aponta BPTran

O trabalho de educação no trânsito promovido pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) ao longo de 2021 foi um dos principais motivos para a redução das mortes por atropelamento na capital. Segundo o balanço da unidade, divulgado nesta sexta-feira (1/4), foram quatro mortes no último ano e nove em 2020, uma queda de mais de 50%.

As ações do batalhão também auxiliaram na diminuição nos casos de atropelamentos (de 286 para 267) no comparativo entre os dois anos, período em que a Avenida Marechal Floriano Peixoto registrou o maior número de casos (11). Em seguida, a segunda colocação ficou com a Avenida Comendador Franco, uma das principais ligações de Curitiba com São José dos Pinhais, com sete atropelamentos.

Quatro importantes ruas da capital registraram seis atropelamentos cada, três delas na região central: Rua Izaac Ferreira da Cruz, Avenida Silva Jardim, Avenida Visconde de Guarapuava e Avenida Sete de Setembro.

No ano anterior, a Marechal Floriano Peixoto também foi a rua que mais registrou atropelamentos, com nove. Logo em seguida, a Avenida Presidente Affonso Camargo ocupou a segunda posição naquele ano com oito acidentes deste tipo. Por fim, a terceira colocação em 2020 ficou com a Rua João Negrão, com sete atropelamentos.

Foto: PMPR

Segundo o comandante do BPTran, tenente-coronel Fernando Klemps, tanto a fiscalização de trânsito quanto as ações educativas foram intensificadas na capital. “Com esse trabalho, mesmo com a maior circulação de pessoas nas ruas em 2021 em relação ao ano anterior, os registros de atropelamentos caíram”, disse.

Ainda segundo o tenente-coronel Klemps a falta de atenção ao trânsito é a principal causa deste tipo de acidente. “Hoje, o jovem, principalmente, acaba se distraindo pelo uso de fone de ouvido e de celular. Esses dispositivos tiram a atenção dos pedestres, levando-os a serem as principais vítimas”, explicou.

O estudo também aponta que os atropelamentos em 2021 envolvendo crianças de até 11 anos aumentou 200% em relação ao ano anterior (de 10 para 30). Segundo o comandante da unidade, este é um dado que gera preocupação e, por isso, foi criado o projeto “BPTran nas Escolas”, para que os policiais se aproximem da comunidade escolar e auxiliem pequenos desde cedo sobre os cuidados.

“Os nossos policiais irão até as escolas, munidos de jogos e do conhecimento que eles têm, para passar aos pequenos, através de palestras e atividades lúdicas, orientações de segurança como travessia de via na faixa de pedestres e respeito aos sinais luminosos, para que eles tenham esse cuidado com o trânsito”, complementou o tenente-coronel Klemps.

ORIENTAÇÕES

O Batalhão de Trânsito orienta que os pedestres devem obedecer às leis de trânsito, prestar atenção às sinalizações, atravessar as vias sempre na faixa de pedestres, olhar para os dois lados antes da travessia e evitar o uso de fones de ouvidos e outros dispositivos que possam causar distração.

“Esse cuidado com o trânsito, seja com a faixa de pedestre, com os sinais luminosos e com a sinalização da via, deve permanecer o tempo todo, porque usar o celular enquanto caminha acaba tirando o foco de tudo o que está acontecendo ao redor, corroborando, assim, para o acontecimento de acidentes”, explicou Klemps.

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