As obras da Ponte de Guaratuba incluem medidas ambientais para minimizar impactos no ecossistema local. Entre as iniciativas está o monitoramento da atividade pesqueira, essencial para analisar possíveis efeitos da construção sobre as comunidades tradicionais da região.
Esse monitoramento ocorre em sete comunidades pesqueiras, incluindo Piçarras, Mirim, Caieiras, Cabaraquara, Parati, Prainha e Porto de Passagem. Além disso, a coleta de dados também acontece em 14 portos e trapiches estratégicos. O objetivo é identificar mudanças na captura de espécies, como robalos, parati e camarão sete-barbas.
Participação das comunidades pesqueiras
O sucesso do monitoramento depende diretamente da participação ativa das comunidades pesqueiras. Segundo Gabriel Domingues de Melo, oceanógrafo do Consórcio Nova Ponte, os pescadores locais contribuem fornecendo informações sobre as condições da pesca. Essa colaboração é essencial para entender os impactos ambientais da construção da ponte.
A bóloga Aline Prado também destaca a relevância do envolvimento das comunidades. Os pescadores, com sua experiência, oferecem insights valiosos sobre o ecossistema da baía. Esse trabalho conjunto permite uma análise mais precisa das mudanças na pesca e no meio ambiente.
Importância dos dados coletados
O monitoramento gerou uma base de dados detalhada sobre a atividade pesqueira na baía de Guaratuba. Essas informações ajudam na tomada de decisões e permitem avaliar o impacto da construção da ponte. Os dados também são comparados com estudos anteriores e compartilhados com as comunidades a cada semestre.
- Leia também: Avanço das obras da Ponte de Guaratuba atinge 38,8%
O oceanógrafo Gabriel Domingues enfatiza a relevância desse trabalho. Segundo ele, estudos sobre pesca artesanal no Brasil são escassos. Por isso, o monitoramento na Ponte de Guaratuba tem grande importância para a conservação da pesca tradicional.
Investimento na Ponte de Guaratuba
O Governo do Estado do Paraná investe R$ 386,9 milhões na construção da ponte, com previsão de conclusão para abril de 2026. O projeto está sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). Para mais informações sobre a obra, acesse o site oficial.