Eletromobilidade no transporte público deverá ser exigência a partir de 2025

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Foto: Divulgação/Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
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A eletromobilidade será uma das exigências de Curitiba a partir de 2025, com a nova concessão dos serviços do transporte público. “O atual contrato de concessão vence daqui a seis anos. E a eletromobilidade é o caminho para reduzir custos operacionais, melhorar o transporte e adequar a cidade aos compromissos do Acordo de Paris com a redução ainda maior das emissões de CO2”, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Luiz Fernando Jamur, ao abrir o workshop Oportunidades de integração da eletromobilidade no transporte urbano de Curitiba.

O evento reuniu, nesta quinta-feira, dia 25 de abril, no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, um grupo multidisciplinar com técnicos em transporte do município e do estado, representantes do setor produtivo, da academia e especialistas de organizações não-governamentais vinculadas ao setor.

O workshop, que segue até esta sexta-feira, dia 26 de abril, tem o suporte do PROMOB-e (Mobilidade Elétrica e Propulsão Eficiente), o projeto de cooperação técnica do Ministério da Economia com o Ministério Alemão de Cooperação Econômica e para Desenvolvimento por intermédio da agência alemã de cooperação GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH).

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Integrado e limpo

De acordo com o presidente do nstituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, os projetos em desenvolvimento pelo instituto, como o da modernização, melhoria operacional e de infraestrutura viária para Linha Inter 2, já contam com a perspectiva de veículos elétricos. Outro cenário, também em fase de encaminhamento, é o da evolução do sistema integrado com os municípios vizinhos a Curitiba.

“Propusemos ao Governo do Estado a formação de um grupo de trabalho para que possamos avançar com uma integração efetiva do transporte. O objetivo é que o transporte de Curitiba e metropolitano sejam mais atraentes, confortáveis e em condições de competir com o transporte individual.”

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Foto: Divulgação/Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
Cases

No workshop, os integrantes do PROMOB-e e das organizações não-governamentais World Resources Institute e International Council on Clean Transportation tratam dos motivos da integração de veículos elétricos no transporte público e como estruturar projetos neste campo.

Segundo Amanda Ohara, que atua no PROMOB-e por intermédio da Consultoria GFA, da Alemanha, o evento em Curitiba tem por meta compartilhar informações geradas no âmbito do projeto que possam apoiar a cidade no processo de transição para a mobilidade mais limpa.

Carmen Araújo, do Conselho Internacional para o Transporte Limpo (International Council on Clean Transportation) traz a Curitiba uma experiência prática feita em São Paulo. “É um trabalho feito dentro do projeto da GIZ – PROMOB-e com foco em políticas públicas para a eletromobilidade”, disse.

O caso de São Paulo, segundo Carmen Araújo, parte de um edital da área do transporte publicado na capital paulista junto com a Lei do Clima. “A Lei do Clima mais o edital deu um caso. Nós analisamos as alternativas energéticas e os custos envolvidos para alcançar as metas de zero emissão em vinte anos”.

A apresentação de Virgínia Bergamaschi Tavares, analista de Mobilidade Urbana do WRI Brasil, mostra os casos de cidades que estão em processo de implantação de frotas limpas. Entre eles o de Santiago do Chile, que está implantando uma frota de 100 ônibus; de Bogotá, na Colômbia, que aplicou um modelo econômico para a aquisição de ônibus híbridos para o Transmilênio; de Paris, na França, que está para adquirir 800 ônibus elétricos e passar a contar com a maior frota do gênero na Europa; e de Londres, na Inglaterra, que tem um projeto de redução de emissões para revolucionar o transporte público.

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Foto: Divulgação/Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
O processo de Curitiba pela mobilidade limpa

Na apresentação de Curitiba, a assessora na Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Ana Cristina Wollmann Zornig Jayme, destacou as ações realizadas pela redução de emissões e modernização do transporte, a utilização de biocombustível e de veículos híbridos, testes com veículos elétricos e a participação da cidade na plataforma nacional de eletromobilidade.

Segundo ela, 72% das emissões de CO2 de Curitiba estão relacionadas à mobilidade em todas as suas modalidades. “Vivemos um momento em que a multimodalidade já está presente. O caminho está na busca por um transporte limpo, customizado, digital, em colaboração aberta, competição entre provedores e emissão zero”, disse.

A coordenadora de Mobilidade Transporte, na supervisão de Planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Olga Prestes, destacou os componentes do Plano Setorial de Mobilidade, em desenvolvimento no instituto, que tem como prioridades a melhoria da qualidade do transporte e da acessibilidade, a utilização de energias renováveis, a integração de modais e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do sistema.

O engenheiro mecânico da Urbanização de Curitiba, Alyson Prado Wolf, responsável pela inspeção da frota de ônibus apresentou as experiências de Curitiba na na redução das emissões de poluentes. “A meta é poder implantar veículos com novas tecnologias de propulsão para avançar na transição de baixa emissão de carbono.”

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