Diariamente, 13 veículos são guinchados das ruas da cidade por irregularidades e descumprimento às leis nacionais de trânsito. Essa é a média do balanço referente à fiscalização da Secretaria de Defesa Social e Trânsito, que registrou 2.294 remoções de veículos das vias públicas durante os trabalhos realizados no primeiro semestre.
“A falta de pagamento das taxas obrigatórias, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro, e o estacionamento em local proibido, seja no passeio ou em frente à guia rebaixada de calçada, são os principais motivos que levam o veículo ao pátio da Superintendência de Trânsito”, explica o secretário de Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.
Outra situação que tem se tornado frequente aos agentes de trânsito e guardas municipais que fazem a fiscalização é o caso de condutores que acumulam multas por infrações diversas, chamados de grandes devedores. É comum que, além das situações já citadas e que levam à remoção, junto apareçam multas por práticas perigosas, como dirigir utilizando aparelho celular, exceder a velocidade máxima estipulada para a via e fazer conversões proibidas.
“É uma conduta que demonstra o total descaso com a segurança viária e que caracteriza o infrator contumaz, que coloca em risco a vida de outros motoristas e passageiros, além de pedestres e ciclistas”, alerta o secretário.
Somente no último domingo, dia 12 de julho de 2020, foram três as remoções. Uma delas aconteceu na Rodoviária, onde um Fiat Palio vermelho estava estacionado em local proibido.
Dos R$ 9.840,00 de débito do carro, quase R$ 2 mil eram em multas anteriores. O histórico demonstra que estacionar de forma irregular fazia parte da rotina do condutor, que acumulava infração por deixar o carro em vaga de curta duração, em vaga de táxi, em vaga exclusiva de idoso sem credencial e no passeio, além de dirigir acima da velocidade permitida.
Na CIC (Cidade Industrial de Curitiba), um Ford Fiesta preto foi removido após ter sido autuado por não estar licenciado, pelo estado de má conservação do veículo e pelo motorista não ter Carteira Nacional de Habilitação válida. Dos R$ 5.674 acumulados, quase o valor integral era de multas por exceder a velocidade, usar o celular, não usar cinto de segurança, dirigir sob influência de álcool e com Carteira Nacional de Habilitação vencida.
Ainda no domingo, estacionado em local proibido pela sinalização no bairro Mercês, um Mitsubishi Outlander marrom tinha cerca de R$ 25 mil em IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) não quitado. Também chama a atenção as diversas autuações por excesso de velocidade – a principal infração acumulada no registro de multas – somadas ao uso do celular e outras por estacionamento irregular.
Xô, tranqueira
Relatório da equipe de fiscalização da Defesa Social e Trânsito aponta ainda que, em seis meses, foram removidos 246 veículos abandonados nas vias públicas. Outros 843 receberam notificação e foram retirados pelo proprietário antes que a remoção acontecesse.
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