Rede de farmácias de manipulação veterinária aposta em bicicletas para oferecer delivery mais sustentável

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ECOBIKER
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As emissões de gases de efeito estufa no Brasil seguem em alta. É o que aponta o último relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), organizado pelo Observatório do Clima, rede de entidades ambientalistas. Os dados mostram que o País emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de dióxido de carbono (CO2) em 2021, um aumento de 12,2% em relação a 2020 (2,16 bilhões de toneladas).

O CO2 é responsável por cerca de 60% do efeito estufa. Uma das principais formas de emissão é o uso de transporte motorizado com base na queima de combustíveis fósseis, o qual também responde pela emissão de vários outros poluentes nocivos à saúde e que degradam o ambiente urbano.

Pensando nesse cenário e com o intuito de tornar o processo logístico mais sustentável, quatro unidades da DrogaVET, rede de farmácias de manipulação veterinária, aderiram à entrega feita por bicicletas: Santos, Praia Grande, São José dos Campos e Curitiba.

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DROGAVET

A ideia, que contou com a parceria da EcoBike, empresa especialista em logística sustentável, surtiu efeito: somente no primeiro semestre de 2023, foram entregues mais de 5,5 mil medicamentos exclusivamente com bicicletas, num percurso total de mais de 7,3 mil quilômetros, e a DrogaVET deixou de emitir 515,6 quilos de CO2 na atmosfera.

“Estamos bastante satisfeitos com esse resultado. Poder ir além do cuidado com a saúde dos animais e contribuir com o meio ambiente e, consequentemente, com a saúde de todos é muito gratificante”, revela o sócio-fundador da DrogaVET, Flávio Pigatto.

O objetivo é expandir o projeto para toda a rede de franquias e evitar a emissão de cerca de 12,5 toneladas de CO2 nos próximos seis meses.

Delivery vantajoso

Além da redução de CO2 na atmosfera, a troca das motocicletas pelas bicicletas nas entregas de no máximo 5 km de distância da unidade torna o delivery da DrogaVET mais vantajoso em outros fatores, como o financeiro – a redução no custo de entrega foi de cerca de 22% ao mês.

“Quando falamos em sustentabilidade, precisamos buscar novas práticas de maneira inteligente, que permitam o casamento entre as iniciativas de melhoria e a sua viabilidade financeira. Apenas dessa forma é que conseguiremos tornar a ação efetivamente sustentável ao longo do tempo, com chances de causar impactos positivos e atrativos para a sociedade. De outro modo, a iniciativa, em algum momento, será esquecida ou descontinuada. Eis aí o grande desafio quando falamos em adoção de políticas de ESG nos negócios. Não pode ser puro modismo, tem que ser algo bem analisado sob todos os ângulos, que faça sentido para colaboradores, franqueados, clientes e fornecedores e se incorpore em definitivo à cultura da companhia”, ressalta Pigatto.

A logística também é beneficiada, permitindo entregas mais ágeis, conforme a localização e o percurso a ser percorrido, além do acompanhamento, em tempo real, do deslocamento do biker, bem como dos status das entregas.

Segurança é outro fator de destaque: além de bikers treinados e equipados com acessórios de proteção para as viagens no trânsito, as bicicletas utilizadas atendem à Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – RDC 430 – no que tange à caixa de transporte, uma vez que é exclusiva da unidade e térmica, garantindo a integridade dos medicamentos.

A satisfação dos clientes também foi considerada. “Além da cordialidade das equipes de bikers, o fato de possibilitar ao tutor uma compra que envolve um processo mais sustentável tem gerado um feedback muito positivo”, comenta Pigatto.

A rede agora inicia a expansão do projeto para outras cidades.

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