Desafios do transporte universitário no litoral paranaense

Professores, alunos e gestores municipais reuniram-se em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná. O encontro visou discutir as dificuldades enfrentadas pelos universitários nas cidades litorâneas, como Paranaguá, Morretes e Matinhos. A locomoção desses estudantes enfrenta desafios significativos, como longas viagens de ônibus que podem durar até quatro horas. Além disso, a falta de orçamento para custeio e a irregularidade dos veículos gratuitos oferecidos pelas prefeituras complicam ainda mais a situação do transporte.

Soluções propostas para o transporte

A deputada estadual Ana Júlia destacou que o transporte universitário não possui um responsável definido, tornando suas carências ainda mais graves. Uma solução sugerida foi a criação de um consórcio intermunicipal para gerenciar o transporte, proposta pelo pró-reitor da UFPR, André Vinicius Martinez Gonçalves. Essa medida poderia garantir a continuidade do serviço mesmo com mudanças administrativas. Além disso, a evasão de alunos tem se tornado uma preocupação crescente. A precariedade contribui significativamente para a desistência dos estudantes, segundo a diretora do Setor Litoral da UFPR.

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  • Iniciativas locais para garantir transporte

    Os municípios têm adotado diferentes estratégias para oferecer alguma forma de locomoção. É o caso de Paranaguá, que disponibiliza tarifas gratuitas, enquanto Pontal do Paraná isenta o custo de passagens. Entretanto, problemas como a morosidade de licitações e mudanças de gestão nas prefeituras dificultam a regularidade no transporte. Em Guaratuba, a situação é alarmante: o único ônibus reservado para universitários teve que ser redirecionado para atender alunos do ensino básico. Em resposta a essa crise, a Prefeitura de Matinhos contratou uma empresa para realizar o transporte de estudantes de outros municípios, mas muitos ainda enfrentam desafios financeiros.

    Os impactos do transporte precário

    A escassez de opções de transporte afeta diretamente a vida acadêmica dos estudantes. Casos de alunos com trajetos que somam até quatro horas de viagem são comuns. Luís Victor Morais, graduado pela Unespar, compartilhou sua experiência, descrevendo como passava horas em transporte público. Outro relato impactante veio de Karyn Christyny Ferreira Alves Gomes, que teve sua turma reduzida drasticamente por conta da ineficiência no transporte. Situações como essa enfatizam a urgência em resolver as questões relacionadas ao transporte universitário no litoral paranaense.

    Desafios e perspectivas futuras

    O problema se revela como um desafio multifacetado. É fundamental que os órgãos governamentais de diferentes esferas se unam para enfrentar essa situação. A criação de sistemas confiáveis e a implementação de medidas adequadas garantiriam que os estudantes possam frequentar as aulas sem os obstáculos atuais. Somente assim poderá haver um avanço significativo na inclusão educacional no litoral do Paraná.

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