A transição da matriz energética do diesel para os ônibus movidos a eletricidade é um compromisso manifestado pelos participantes do Workshop de Implementação de Ônibus Elétricos, realizado em Curitiba nesta quarta-feira (25/5) e quinta-feiras (26/5).
Dos fabricantes e montadoras de ônibus, participaram Alexandre Selski, da Volvo; Marcelo Barella, da Higer; Iêda Oliveira, da Eletra; Sérgio Avelleda, da BYD; e Mike Munhato, da Mercedes Benz.
Para o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, oferta do transporte público eficiente é o caminho para a redução das emissões de CO2.
“Temos uma grande frota de automóveis, os maiores vetores de emissões de poluentes na atmosfera. Cabe ao setor público, com responsabilidade, definir políticas sustentáveis de mobilidade que criem condições de competitividade com o transporte individual. As pessoas só utilizarão o transporte público se o custo da tarifa for compatível e a oferta de qualidade e conforto”, observa o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.
Para ele, a nova concessão do Transporte Público de Curitiba, a partir de 2025, abrirá a possibilidade de acelerar o processo da eletromobilidade para a melhoria do transporte e qualidade de vida e ambiental para cidade.
Portas de entrada
Os projetos curitibanos do Inter 2 e do Ligeirão Leste-Oeste, que já contam com os projetos executivos de infraestrutura em andamento, serão a porta de entrada de ônibus elétricos em larga escala na Rede Integrada de Transporte de Curitiba (RIT), cada qual dentro de suas particularidades, no que diz respeito a itinerários e funções das linhas, modelos e capacidades dos veículos.
O projeto do Inter 2 tem como componentes as duas linhas de ônibus que percorrem itinerário circular e que mais transportam passageiros na cidade fora do eixo estrutural (das canaletas exclusivas). São a Linha Direta (Ligeirinho Inter 2), com veículos de piso alto e paradas em estações-tubo, e a linha paradora do Interbairros II, com ônibus de piso baixo e paradas em pontos convencionais.
Já o Ligeirão Leste-Oeste será a primeira linha do sistema troncal (que funciona em canaletas) com inserção metropolitana a operar com ônibus elétricos. O BRT Leste-Oeste em funcionamento hoje, com paradas nas estações-tubo e terminais de integração, opera com ônibus biarticulados na ligação entre Pinhais e o Campo Comprido. O Ligeirão seguirá até a futura estação CIC-Norte, tendo 11 paradas no itinerário desde o município vizinho a Leste até o Oeste de Curitiba.