O transporte coletivo tem sido uma das áreas de maior foco de ações para conter o avanço da pandemia de Covid-19 por parte da Prefeitura de Curitiba. O esforço para evitar aglomerações em terminais e ônibus, locais de grande circulação de pessoas, tem sido constante.
Desde março, a Urbanização de Curitiba, que administra o transporte coletivo na cidade, implantou várias mudanças no transporte da capital paranaense.
“Colocamos em prática muitas medidas, que trouxeram mais segurança para o passageiro em usar o transporte coletivo durante a pandemia, garantimos empregos de motoristas e cobradores e a continuidade da operação do sistema, mesmo com a queda das receitas. Além disso, fizemos operações especiais de sanitização, em terminais, pontos e estações-tubo e criamos uma linha exclusiva para profissionais de saúde”, lembra o presidente da Urbanização de Curitiba, Ogeny Pedro Maia Neto.
Por conta da necessidade de distanciamento social, os ônibus só podem circular com 50% de ocupação. Nos terminais, as principais linhas saem com ocupação máxima de 30% da capacidade.
Mesmo com a redução do número de passageiros em relação a antes da pandemia – o movimento é cerca de 35% do registrado em um período de normalidade – várias linhas operam com 100% da capacidade. Há reforço de ônibus reserva em caso de aumento repentino da demanda.
Fiscais da Urbanização de Curitiba, Guarda Municipal e Exército trabalham na orientação dos passageiros sobre cuidados de prevenção e também sobre a obrigatoriedade do uso de máscara. Marcações nos terminais permitem o distanciamento de 1,5 metro entre os passageiros.
Ônibus expressos circulam com a imagem de uma “máscara” plotada na parte da frente, para alertar para necessidade do uso da proteção pela população.
Regime especial
Também foi implantado, após aprovação na Câmara Municipal de Curitiba e sanção do prefeito, o regime emergencial de operação e custeio do transporte coletivo, que garante empregos dos funcionários das empresas de ônibus da capital.
O regime emergencial, que assegura o funcionamento do transporte coletivo durante a pandemia, prevê exclusivamente o aporte de custos variáveis e administrativos (como combustíveis e lubrificantes, conforme a quilometragem rodada), tributos (Imposto Sobre Serviços, taxa de gerenciamento e outros) e com a folha de pagamento dos trabalhadores do sistema, incluídos plano de saúde, seguro de vida e cesta básica.
Higienização
Todos os terminais, estações-tubo e pontos de ônibus receberam sanitização especial para evitar a contaminação dos passageiros. Além da limpeza diária, essas ações especiais, realizadas com peróxido de hidrogênio, ajudam a conter a propagação do novo coronavírus em locais de grande circulação.
Até o fim de julho, toda frota será sanitizada com quaternário de amônia. Medidores de temperatura de parede devem ser instalados nos terminais.
Perfil
A Urbanização de Curitiba também fez um mapeamento do perfil do passageiro do transporte coletivo por setor econômico. Esse levantamento serve de base para ações de escalonamento de horário de funcionamento de atividades econômicas, como comércio e serviços, para evitar aglomeração em horários de pico no transporte coletivo.
Para atender os profissionais de saúde, foi criada ainda a Linha Expressa Exclusivo Saúde. A linha faz o trajeto Pinheirinho – Rui Barbosa e abrange uma área de 13 hospitais e a Unidade de Pronto Atendimento do Pinheirinho. Pessoas que trabalham em hospitais e clínicas também têm prioridade no embarque nas demais linhas.
Também foi implantado o Urbs Móvel, ônibus que percorre os bairros da cidade para oferecer serviços como confecção de cartão transporte e facilitar a vida do passageiro. A Urbanização de Curitiba também prorrogou a validade dos créditos no cartão transporte durante a pandemia.
Frota
A renovação da frota, que começou em 2017, também vem ajudando a combater a pandemia, com ônibus mais modernos e confortáveis para os passageiros. Já são 535 novos ônibus, 85% a mais do que a meta, de 450 novos veículos. Com isso, 40% da frota já foi renovada na capital paranaense.
Veja as principais medidas adotadas
– Ônibus só podem circular com 50% de ocupação. Nos terminais, as principais linhas saem com ocupação máxima de 30% da capacidade.
– Frota opera com 80% da capacidade e várias linhas com 100% em várias linhas mesmo o número de passageiros durante a pandemia estar em 35% do normal.
– Implantação do regime emergencial de operação e custeio do transporte coletivo
a Marcação de filas com distanciamento de 1,5 metro entre os passageiros nos terminais.
– Distribuição de folders e colocação de cartazes nos terminais com dicas de prevenção, como a necessidade do distanciamento, obrigatoriedade do uso de máscara, necessidade do uso do álcool gel.
– Colocação de termômetros de parede nos terminais, para que a população possa conferir a temperatura antes de entrar nos ônibus.
– Cartazes colocados em ônibus e terminais recomendando que idosos evitem usar o transporte coletivo e que se pegarem ônibus optem pelos horários fora do período de pico, como no início da manhã e da noite.
– Fiscais da Urbanização de Curitiba, Guarda Municipal e do Exército orientam sobre filas e lotação dos ônibus.
– Linhas expressas passaram a circular com “máscaras” plotadas na frente dos veículos para alertar para a necessidade de proteção. Ônibus também têm painéis com a mensagem “Use Máscara”.
– Criação da Linha Exclusivo Saúde, que atende apenas pessoas que trabalham em hospitais e clínicas.
– Todos motoristas e cobradores serão testados para Covid-19.
– Mapeamento inédito do perfil do passageiro do transporte coletivo de acordo com sua área de atividade. Levantamento possibilitou verificar funcionários quais setores – serviços e comércio – usam mais os ônibus nos horários de pico.
– Assepsias especiais em todos terminais da cidade – incluindo o metropolitano Guadalupe – e mais Rodoferroviária, além de todas as estações-tubo. A sanitização é feita com peróxido de hidrogênio, conhecido pelo poder desinfetante.
– Sanitização dos 2,6 mil pontos de ônibus metálicos da cidade.
– Assepsia especial da frota operante, de cerca de mil veículos, com quaternário de amônia.
– Colocação de displays com álcool gel e marcação de filas e bancos na Rodoviária. Implantação de cuidados especiais no Mercado Municipal Capão Raso.
– Criação do Urbs Móvel, que evita que o passageiro tenha que se deslocar para longe para fazer o cartão transporte.
– Prorrogação dos créditos de transporte durante a pandemia.
– Redução de taxas para taxistas e comerciantes do Mercado Municipal Capão Raso. Redução de 50% do aluguel de todos os permissionários entre maio e julho e isenção das taxas das lojas de shoppings populares durante o período em que não houve funcionamento.
– Suspensão do pagamento em 2020 da outorga anual paga pelos taxistas (no valor de R$ 1.350,00), isenção da cobrança de taxas (como a de vistoria do segundo ano, de R$ 162,00 e emissão de licença de condutor, de R$ 40,50) e abertura de uma janela de 90 dias para transferência de titularidade dos táxis (com desconto de 90% no valor total deste serviço). A taxa de transferência é de R$ 9.990,00.