O verão no Paraná apresenta características marcantes, como os maiores acumulados de chuva e dias mais longos e aquecidos. A estação de 2025/2026 deve manter essas tendências, com temperaturas acima da média e chuvas intensas, especialmente em janeiro. O Solstício de Verão, que inicia oficialmente a estação em 21 de dezembro, traz mudanças importantes no clima do estado, influenciando diretamente a vida dos paranaenses.
Chuvas intensas e variações no verão
O verão destaca-se por apresentar os maiores volumes de chuva no Paraná, superando a primavera em quantidade, embora com tempestades menos severas. Durante essa estação, as chuvas ocorrem principalmente entre a tarde e a noite, com pancadas de curta duração que podem vir acompanhadas de raios, ventos fortes e granizo. A atuação frequente de sistemas convectivos de mesoescala, como linhas de instabilidade e aglomerados de nuvens, intensifica esses eventos, especialmente em uma atmosfera mais aquecida e úmida.
Segundo Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar, o verão traz maior frequência desses sistemas, que se potencializam com o calor e a umidade elevados. Em janeiro, as chuvas devem ficar acima da média na maior parte do estado, enquanto fevereiro e março apresentam maior irregularidade, com algumas regiões enfrentando períodos mais secos e outras mantendo volumes pluviométricos acima do normal.
Temperaturas e fenômenos climáticos
As temperaturas no verão 2025/2026 devem oscilar dentro ou acima da média histórica, com destaque para março, quando as temperaturas tendem a ficar mais elevadas. O fenômeno La Niña apresenta probabilidade moderada de permanência até fevereiro, reduzindo seus impactos no clima estadual. Massas de ar quente e úmido provocam sensação de tempo abafado e pancadas fortes de chuva, principalmente em janeiro.
Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar, explica que a irregularidade das chuvas entre fevereiro e março pode causar variações significativas no clima local. Em março, os dias consecutivos com chuva começam a diminuir, indicando uma transição gradual para o outono.
Médias históricas de chuva e temperatura no verão
Historicamente, o litoral do Paraná registra os maiores acumulados de chuva em janeiro, chegando a 458 mm, enquanto o oeste apresenta os menores volumes, entre 146 mm e 179 mm. A temperatura máxima média mais alta ocorre no oeste, com 31,9°C, e também se mantém próxima dos 30°C no litoral e no norte do estado. As temperaturas mínimas médias mais baixas ficam na Região Metropolitana de Curitiba, região central e sul, em torno de 17°C.
Em fevereiro, o litoral continua com os maiores volumes de chuva, entre 263 mm e 374 mm, e o sul registra os menores, entre 81 mm e 164 mm. A temperatura máxima média mais alta permanece no oeste, com 32,1°C, e as máximas no norte e litoral ficam próximas dos 30°C.
Março apresenta uma redução nos volumes de chuva, que permanecem mais altos no litoral, entre 218 mm e 357 mm, e abaixo de 180 mm no restante do estado. O norte registra os menores acumulados, entre 85 mm e 140 mm. As temperaturas máximas médias mais altas ficam no oeste (31,6°C) e no norte (30,8°C), enquanto as mínimas médias mais baixas situam-se na Região Metropolitana de Curitiba, região central e sul, em torno de 16°C.
Impactos e preparativos para o Verão Maior no Paraná
O Verão Maior no Paraná exige atenção especial para o descarte correto de medicamentos vencidos, com ampliação dos pontos de coleta pelo estado. Além disso, a Sanepar investe R$ 25 milhões para melhorar a distribuição de água e garantir o bem-estar da população durante a estação, que traz calor intenso e chuvas irregulares.
Essas ações refletem a importância de se preparar para as condições climáticas típicas do verão, que influenciam diretamente a saúde, o abastecimento e a qualidade de vida dos paranaenses.
O verão no Paraná, portanto, combina calor, chuvas intensas e variações climáticas que exigem monitoramento constante e planejamento para minimizar impactos negativos e aproveitar os benefícios da estação.