Durante a Cúpula de Prefeitos C40, no Rio de Janeiro, o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, defendeu a criação do Sistema Nacional de Informações da Mobilidade Urbana (Simu).
A proposta busca padronizar e integrar dados do transporte coletivo em todo o país, permitindo que gestores públicos formulem políticas mais eficientes, ampliem a transparência e reduzam as emissões.
Pimentel destacou que a ausência de um banco de dados abrangente e atualizado dificulta decisões sobre investimentos. Pactuação de políticas públicas e melhorias para os usuários.
O Simu pretende reunir informações sobre frota, bilhetagem eletrônica, programação de serviços e indicadores de desempenho, fortalecendo a gestão da mobilidade urbana.
O projeto-piloto, em parceria com o Ministério das Cidades e o Banco Mundial, já reúne 14 cidades brasileiras. Incluindo Curitiba, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.
Também participam parceiros estratégicos como Google, Urbs, Ipea, ANTP e Bus2.
O sistema utilizará o padrão GTFS, amplamente adotado por plataformas de transporte no mundo. E integrará dados de bilhetagem eletrônica para mapear o fluxo real de passageiros.
Entre os desafios apontados está o controle de dados por empresas operadoras, o que limita o acesso público.
O projeto propõe a transferência gradual desses sistemas para o poder público, garantindo mais transparência e eficiência.
O Ministério das Cidades planeja ainda criar uma área técnica permanente para manter o Simu e atualizar periodicamente os dados nacionais.
A iniciativa também apoia o Marco Legal do Transporte Coletivo (PL 3.278/2021), que define regras para o transporte público urbano e intermunicipal, incluindo financiamento, integração de modais e padrões de qualidade.
A proposta já passou pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados.
