Missão técnica alemã fará estudos de pré-viabilidade para troca da frota nas linhas Inter 2 e BRT Leste Oeste

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Foto: Fábio Decolin
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Representantes do KfW Bankengroupe, banco de desenvolvimento alemão, e técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejameno Urbano de Curitiba (Ippuc) fizeram nesta quinta-feira (24/3) mais uma rodada para definição do estudo de pré-viabilidade da eletromobilidade no transporte urbano da capital. O objetivo do estudo é apontar as condições de implantação e escala da troca da frota atual de ônibus urbanos por veículos de zero emissão de carbono.

A capital é um dos cinco municípios brasileiros selecionados para a chamada pública de projetos de mobilidade urbana sustentável realizada em agosto de 2021 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), com Fortaleza, Recife, Salvador e Guarulhos. Os estudos serão financiados a fundo perdido pelo KfW.

“O fim do prazo da concessão atual de exploração de transporte coletivo em Curitiba, em dezembro de 2025, é a janela ideal para essa escalada da eletromobilidade urbana”, avalia a assessora de finaciamentos do Ippuc, Ana Jayme.

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Para estabelecer os critérios e as novas soluções de transporte, o estudo do KfW vai avaliar o perfil do transporte urbano e da região metropolitana e indicar modelos de negócios que estabeleçam novos serviços, integrando a intermodalidade e recursos digitais de usabilidade e operação.

O desafio é alinhar as integrações necessárias entre esferas municipal, estadual e federal, uma vez que o Ministério da Economia e o do Desenvolvimento Regional também estão elaborando o Marco Regulatório da Mobilidade Urbana.

“Iremos além do transporte coletivo. Temos o compromisso de estimular a intermodalidade, conectividade e segurança para o usuário e isso deve estar presente na nova concessão”, avalia o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.

O diretor da KFW – Representação Brasil, Martin Schröder, e a gerente de projetos para Saneamento e Mobilidade do grupo alemão, Agatha Conde, foram recebidos por Jamur, Ana Jayme, o assessor da presidência do Ippuc, Ricardo Bindo, os assessores de mobilidade, Clever Almeida e Ismael França, além do assessor de investimentos da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento (SMF), Anderson Padovani.

Pela manhã, eles conheceram detalhes do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo New Develpment Bank (NDB). O programa vai aumentar a capacidade e eficiência do Inter 2 e do Ligeirão Leste Oeste. As duas maiores linhas de carregamento da cidade serão a porta de entrada da eletromobilidade em Curitiba.

A agenda continua no período da tarde, com visita técnica nos trechos de intervenções e na estação Agrárias, ponto que vai receber o protótipo da nova estação, cuja obra está em edital de licitação.

A contratação do estudo deve ser finalizada em maio, com prazo de cinco meses para a conclusão. “Somos parceiros do financiamento de mudanças tão profundas quanto essas, que determinam um novo olhar, mais sustentável, para o deslocamento dos cidadãos”, avalia Schröder.

Transição

A capital também está entre o grupo de cidades selecionadas para receber apoio técnico na transição para a inserção de ônibus elétricos, como parte do TUMI (Transformative Urban Mobility Initiative) e-Bus Mission, financiado pelo governo da Alemanha e entidades parceiras.

Com a participação de técnicos do Ippuc e mais 17 organizações, foram realizados três workshops de Alinhamento Estratégico do projeto de eletrificação das Linhas Inter 2 e BRT Leste Oeste. Entre as entidades que fazem parte da iniciativa estão o C40 Cities, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), The International Council on Clean Transportation (ICCT), The Institute for Transportation and Development Policy (ITDP), ICLEI – Local Governments for Sustainability, The International Association of Public Transport (UITP) e World Resource Institute (WRI).

Ao longo do ano passado, o prefeito Rafael Greca, acompanhado de técnicos da Prefeitura de Curitiba, realizou visitas a empresas fabricantes de ônibus elétricos, pensando na mudança da matriz energética do transporte de Curitiba e conhecendo os modelos articulados, biarticulados e triarticulados disponíveis no mercado e em operação.

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