Viaduto Pompeia e obras de infraestrutura melhoram a vida de moradores do Tatuquara

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Antes de o grande programa de obras de infraestrutura ser implantado pela Prefeitura de Curitiba para tornar o Viaduto Pompeia, no km 117 da rodovia BR-116, operacional, a região, no bairro Tatuquara, estava em estado de abandono. Devido à falta das alças de acesso ao elevado, a estrutura viária não funcionava afetando sensivelmente o entorno, tanto pela falta de segurança quanto na deficiência de mobilidade, sobretudo no deslocamento aos bairros, ao acesso ao Centro da capital e aos municípios da região metropolitana.

Famílias em condição de risco social viviam em seu entorno em condição de vulnerabilidade. A situação mudou com a construção dos acessos ao viaduto, além das melhorias executadas na região, fazendo da tarde do dia 25 de outubro de 2019 – data em que a obra foi entregue à população – um marco positivo para os moradores do bairro. Três anos depois, os avanços são festejados por quem teve a rotina alterada para melhor.

“Ganhamos mobilidade, redução de cerca de 40 minutos no trânsito, infraestrutura e segurança. Temos uma nova história após as obras realizadas na Vila Pompeia”, conta Sandro Francisco Mira Júnior, diretor do Colégio Estadual Cívico Militar Beatriz Faria Ansay e morador do bairro.

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 O colégio fica na Rua Francisco Xavier, que desemboca no viaduto. “Toda a comunidade escolar foi beneficiada e festeja nestes três anos os avanços promovidos com as intervenções”, reforçou Júnior.

Reivindicação dos moradores

A construção das alças de acesso e as melhorias no entorno do viaduto era uma reivindicação antiga da população. A estrutura do elevado havia sido entregue em setembro de 2015 pela Arteris Planalto Sul, concessionária responsável pela rodovia BR-116, mas sem as alças necessárias para que os motoristas pudessem usar o viaduto. As estruturas deveriam ter sido construídas nos anos de 2015 e 2016, porém, somente a partir de 26 de setembro de 2018, na gestão do prefeito Rafael Greca, as obras foram iniciadas e concluídas um ano depois.

“Desenvolvemos um amplo projeto de engenharia, concluímos o viaduto e abrimos as portas do Tatuquara para o bem dos que vivem e passam por aqui. Curitiba é uma só, com a requalificação na região melhoramos o acesso também de quem circula pelo Campo de Santana, Caximba, Araucária e Fazenda Rio Grande, diz o prefeito Rafael Greca.

A operacionalização do viaduto eliminou um semáforo que causava congestionamento na rodovia e melhorou o tráfego e o acesso à região. Além das alças, o projeto contemplou serviços de pavimentação, drenagem, paisagismo, contenção, sinalização e iluminação em alguns trechos das vias de acesso. A Rua Francisco Xavier, que desemboca no viaduto, foi alargada, passou de 6,5 m para 9 metros de largura, com duas pistas para o tráfego e mais uma para o estacionamento. A via passou a compor o binário da Vila Pompeia e também foi asfaltada, sinalizada, recebeu calçadas novas, melhorias na iluminação e paisagismo.

A Francisco Xavier de Oliveira serve agora de saída do Tatuquara para a BR-116 e a entrada acontece pela Rua João Batista Bettega Júnior. Entre as duas ruas, outros binários acessórios passaram a funcionar como complemento às alças do viaduto. Também foram feitas obras em trechos das ruas José Zanoncini e Francisca Ferreira da Luz, no entorno do Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, na ligação da Francisco Xavier de Oliveira com a BR-116, no sentido sul.

Novas moradias

Para que as obras pudessem acontecer, 15 famílias vulneráveis foram removidas, pois suas casas ocupavam o leito das alças de acesso à BR-116. O grupo foi reassentado pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), no Moradias Creta, empreendimento integrante do programa de habitação do município construído com recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS). Entre as beneficiadas está a auxiliar de serviços gerais, Marileia Praxdes, que agora tem casa própria, em local seguro, para viver com os dois filhos.

“Temos uma outra vida, muito melhor. Agora posso sair de casa usando tênis branco, já não é mais preciso pular as valetas. Não há mais esgoto correndo no terreno de casa, tudo está limpo e organizado, além do trajeto para entrar e sair do bairro ter ficado mais fácil e seguro”, comemora Marileia. 

A dona de casa Marilda Malachuski, que mora há 36 anos na Rua Francisco Xavier de Oliveira, os dias de dificuldades pela falta de infraestrutura ficaram no passado. “Era difícil pegar ônibus, o acesso era complicado e perigoso e gastávamos muito tempo presos no sinaleiro que havia na BR, por conta de o viaduto não ter sido finalizado. Tudo mudou, agora temos qualidade de vida e desenvolvimento”, conta Marilda. 

As mudanças na região incentivaram a moradora a fazer também investimentos na moradia que ganhou novas calçadas e foi ampliada para a abertura de um pequeno comércio. “Vimos que a região ficou boa para os moradores e também para quem quer empreender”, explicou Marilda. O armazém montado foi alugado e agora serve de renda para a dona de casa.

Ruas com asfalto novo

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, destaca outras ações desenvolvidas no Tatuquara e que também têm impacto na vida dos moradores. “A conclusão das alças do viaduto e o conjunto de melhorias executadas foram importantíssimas e se somam às 130 ações de requalificação de ruas realizadas desde 2017 ou em andamento, na regional do Tatuquara, são mais de 30 quilômetros de asfalto novo assegurados, além da construção do Terminal Tatuquara e do Restaurante Popular”, aponta Rodrigues.

De acordo com Marcelo Ferraz, administrador da Regional Tatuquara, a construção das alças do viaduto é uma obra estruturante, mas com abrangência metropolitana, porque beneficiou também os moradores dos municípios vizinhos. “Para além do salto na qualidade de vida das pessoas há ainda o vetor econômico. As intervenções valorizaram os atrativos comerciais da região, qualificando o território como um todo e reescrevendo uma nova história para a região”, diz Ferraz.

Com todas as intervenções realizadas na Vila Pompeia, 12 linhas de ônibus passaram a fluir melhor, melhorando o trânsito de quem vai de Curitiba para Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Quitandinha, Areia Branca dos Assis, Campo do Tenente, Rio Negro, Piên.

O projeto para terminar o viaduto e recuperar a região foi feito pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e as obras executadas sob a supervisão da Secretaria Municipal de Obras Públicas.

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