Defesa Social reforça riscos de ciclistas nas canaletas exclusivas para ônibus

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Foto: Jaelson Lucas/Secretaria Municipal da Comunicação Social
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Com a falsa sensação de mais segurança, as canaletas exclusivas para circulação do transporte coletivo e para veículos que fazem atendimentos de emergência hospitalares e de segurança pública continuam sendo utilizadas por uma parcela dos ciclistas na cidade. A Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito reforça que circular de bicicletas nas canaletas é proibido.

“A mesma proibição vale para pessoas que estiverem andando, correndo ou utilizando patinetes elétricos”, salienta o secretário da Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.

Insistir na prática é perigoso. Na manhã desta terça-feira, dia 23 de abril, um ciclista morreu após ser atingido por uma ambulância na canaleta perto do viaduto do Centro Politécnico, na Linha Verde.

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No mês passado foram registrados pelo menos dois outros casos de colisão com bicicleta na canaleta: na Avenida Sete de Setembro, em frente ao Shopping Estação, e na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão. Em ambos os casos, há estrutura cicloviária ao lado, mas as pessoas optaram por seguir de bicicleta no caminho exclusivo para ônibus e veículos de emergência.

“A exposição do ciclista na canaleta traz riscos para a própria vida dele. Basta comparar a massa metálica de um ônibus biarticulado com a de um automóvel. Colisão com ônibus tem uma probabilidade maior de ser fatal”, aponta Guilherme Rangel.

O secretário ressalta que é preciso levar em consideração a operação de frenagem que um veículo de passeio pode realizar para desacelerar, muito mais rápida do que um ônibus, pelo tamanho, peso e número de passageiros, em caso de tentativa de frear de forma brusca.

“O motorista do transporte coletivo tem uma responsabilidade muito grande e precisa manter atenção constante para garantir a segurança dos cerca de 200 passageiros que transporta em cada viagem, acrescenta ele.

Regras de circulação

As canaletas exclusivas foram concebidas para segurança e dinamismo do transporte coletivo nos eixos estruturais da cidade. Já o ciclista é um modal de circulação individual e deve utilizar ciclovia, ciclofaixa ou compartilhar a rua com os demais veículos.

A circulação em calçadas é proibida, porque coloca em risco a segurança dos pedestres. “É necessária a constituição de uma cultura no compartilhamento entre veículos e ciclistas em todo o espaço urbano, assim como ocorre em diversas cidades e países nos quais a bicicleta é mais utilizada como meio de transporte”, reforça Rangel.

O caminho, segundo a Superintendência de Trânsito, passa pelos motoristas aprendendo a conviver com os ciclistas nas vias normais de tráfego. “Enquanto o ciclista achar que ‘é mais seguro transitar pela canaleta’ fica mais difícil conquistar o espaço nas vias”, afirma o secretário.

Inibição de condutas perigosas

Agentes de trânsito e guardas municipais desenvolvem ações educativas de forma periódica, para alertar motoristas sobre o respeito a ciclistas e, também, atividades específicas com ciclistas sobre condutas perigosas.

A Guarda Municipal, ainda, procura inibir outras atitudes perigosas, como ciclistas que, além de estarem na canaleta, tentam pegar carona na traseira do ônibus e pessoas que sobem no teto desses veículos.

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