Fórum avança em discussões sobre os desafios da eletromobilidade

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Fórum PR
Foto: Divulgação
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Os desafios da implantação da eletromobilidade no transporte coletivo nos próximos anos dominaram os debates da tarde de quarta-feira (1/3) e na manhã desta quinta (2/3), no encerramento 8º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana, no Salão de Atos do Parque Barigui. O evento, que reuniu cerca de 100 pessoas nos dois dias, foi promovido pela Urbanização de Curitiba (Urbs) e pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP).

Infraestrutura de recarga de baterias, oferta e padronização de veículos elétricos, além de projetos estruturantes e acesso a financiamentos ainda são questões que precisam ser resolvidas para garantir avanços na eletrificação da frota de veículos, apontam especialistas e gestores da área em municípios.

O Brasil tem vários projetos de eletrificação de frota, mas ainda são incipientes quando comparados a países como a China e mesmo os vizinhos Chile e Colômbia.

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Dos cerca de 100 mil ônibus no Brasil, menos de 1% são elétricos, lembrou Ana Beatriz Monteiro, especialista sênior da área de transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Cristina Albuquerque, da WRI Brasil, apresentou um cenário da eletromobilidade no País, onde existem hoje cerca de 386 ônibus elétricos, sendo apenas 106 movidos a bateria.

Curitiba tem seu programa de eletrificação e tem vontade política para fazer acontecer essa transição para uma matriz limpa, mas ainda é preciso avançar na oferta de veículos no mercado que atendam os modelos e padrões exigidos pelas cidades,  completou o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é considerado o futuro da mobilidade nas grandes cidades e é base do Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba, que tem como âncora os projetos do Inter 2, Interbairros II e Leste-Oeste, com financiamentos externos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development Bank (NDB), respectivamente. Essas linhas, de grande capacidade de transporte de passageiros, devem ser as primeiras a receber veículos elétricos, a partir de 2024.

Até agora, sete empresas se inscreveram para execução de testes técnicos de ônibus elétricos em Curitiba, todas com o modelo padron, de menor capacidade. Os resultados desse edital de chamamento público servirão de base para elaboração do projeto de aquisição dos ônibus elétricos de Curitiba.

A meta é que no médio prazo, até 2030, 33% da frota opere com emissão zero, alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade. “Queremos um projeto de eletrificação sustentável, de longo prazo”, disse.

Na manhã desta quinta-feira, um painel coordenado pela assessora de investimentos do Ippuc, Ana Zornig Jayme, promoveu uma discussão sobre formas de financiamento para o setor, com a participação de representantes da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do New Development Bank (NDB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e da Fomento Paraná e Enel X.

Eletromobilidade e integração metropolitana (tema principal no primeiro dia do Fórum) foram os assuntos mais discutidos nesses dois dias de debates. Outros temas tratados foram gerenciamento de dados e novas tecnologias, subsídio federal à gratuidade dos idosos e os impactos no trânsito da permissão da conversão livre à direita, prevista na inclusão do artigo 44 A do Código de Trânsito Brasileiro.

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