Pesquisa revela opiniões da população sobre o transporte público de Curitiba

Uma pesquisa realizada pelo IRG Pesquisas, a pedido do Grupo RIC, revelou dados importantes sobre o transporte público de Curitiba. O levantamento, feito com mil moradores da capital, mostra que mais da metade da população considera a tarifa de R$ 6 elevada, enquanto apenas 24,87% utilizam o serviço com frequência.

Carro próprio é prioridade para a maioria

Segundo a pesquisa, 56,46% dos entrevistados usam o carro como principal meio de transporte. Apenas 28,21% ainda escolhem o ônibus. O uso do transporte coletivo diminui conforme a renda aumenta. Entre os que ganham até um salário mínimo, 71,34% ainda dependem do sistema; entre os que ganham acima de 10 salários mínimos, o índice cai para 19,12%.

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  • Falta de opções e custo menor levam ao uso do ônibus

    Entre os que utilizam o transporte público de Curitiba, os principais motivos apontados são a ausência de alternativas (32,37%) e o custo reduzido em comparação a outros meios (32,36%). A integração entre linhas (15,47%) e o menor tempo de viagem (15,02%) também influenciam a escolha.

    Tarifa de R$ 6 pesa no bolso

    O valor da tarifa é um dos principais pontos de insatisfação. Para 61,12% dos curitibanos, o preço atual é alto. Apenas 1,09% consideram a tarifa barata. A insatisfação é maior entre jovens e pessoas com menor renda.

    Quase metade aprova o transporte público de Curitiba, mas muitos abandonaram o uso

    A satisfação com o transporte público de Curitiba é dividida. Apenas 3,82% se dizem muito satisfeitos, enquanto 35,32% estão satisfeitos. Por outro lado, 20,63% estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Cerca de 41,13% dos entrevistados disseram que já usaram, mas não utilizam mais o ônibus.

    Motivos para deixar de usar o transporte público de Curitiba

    Entre os principais motivos para o abandono do serviço estão a falta de flexibilidade nas rotas (22,32%), tempo elevado de viagem (20,89%) e compra de veículo próprio (15,34%). Atrasos e insuficiência de linhas também foram citados.

    Lotação, insegurança e desconforto desanimam usuários do transporte público de Curitiba

    Para quem ainda depende do ônibus, os maiores fatores de desânimo são a lotação (30,5%), sensação de insegurança (19,07%), tarifa alta (13,12%) e falta de conforto (11,83%). A maioria dos usuários faz conexões com duas ou três linhas e utiliza o serviço entre uma e cinco vezes por semana.

    Integração é bem avaliada, mas desconhecimento sobre o sistema preocupa

    A integração com outros modais tem aprovação de 70,62% dos curitibanos. No entanto, 59,45% desconhecem que a concessão atual do sistema de transporte público, que completa 30 anos em 2025, está prestes a vencer.

    Desigualdade entre bairros e nível de escolaridade

    A insatisfação é maior em regiões periféricas, como o CIC. Já na região central, o uso é menor e o conhecimento sobre o contrato de concessão é maior. Pessoas com ensino fundamental representam a maioria dos usuários frequentes e também os mais insatisfeitos.

    Conclusão

    O levantamento revela que o transporte público de Curitiba vive um momento crítico. Com a concessão prestes a vencer, a cidade tem a oportunidade de repensar seu modelo de mobilidade ouvindo os dados – e, sobretudo, os passageiros.

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