O presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, Gilson Santos, esteve reunido, na tarde desta quarta-feira, dia 12 de junho, com representantes da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), com o objetivo de iniciar um Estudo de Viabilidade para o compartilhamento das linhas férreas que cruzam o município de Curitiba e demais cidades da Região Metropolitana, para o transporte de passageiros.
O estudo será realizado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos, em parceria com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, por meio de um Termo de Cooperação Técnica, que deverá ser assinado em Curitiba, na próxima semana, com a presença do Governador Carlos Massa Ratinho Júnior.
Segundo o Diretor Técnico da Companhia Brasileira de Trens Urbanos Sérgio Sampaio, “dentro de aproximadamente 6 a 9 meses conseguiremos dizer se a alternativa é viável ou não, e quais os investimentos necessários”.
Um dos trechos que serão estudados, será o ramal Oeste, saindo de Rio Branco do Sul, passando por Itaperuçu, Almirante Tamandaré e chegando em Curitiba. Segundo Gilson Santos, este é um dos trechos mais problemáticos para o transporte coletivo da Região Metropolitana, “além da distância grande, mais de 40 km, o trajeto é realizado grande parte em pista simples, ou seja, os ônibus disputam espaço diretamente com os demais veículos, tornando a viagem demorada e, consequentemente, cara. Ao mesmo tempo, um VLT que pudesse utilizar os trilhos de trem no transporte de passageiros, aumentaria a capacidade do sistema, diminuiria o tempo de trajeto, traria mais um alívio ao trafego da região e poderia sair ainda mais barato que o sistema de ônibus utilizado hoje. Obviamente, tudo ainda depende dos estudos técnicos que serão realizados, mas as perspectivas são bastante animadoras”, destacou o presidente.
Todos os dias, mais de 30 mil passageiros são transportados entre as quatro cidades, pela atual Rede Integrada de Transporte.
Outro ramal que também deverá ser estudado é o ramal Leste, saindo de Piraquara e passando por Pinhais e Curitiba. Segundo Gilson Santos, “apesar de menor em cumprimento, pois são aproximadamente 21 km de extensão, mais de 45 mil pessoas são transportadas todos os dias entre estas cidades. Em sua maioria, pessoas mais carentes e que dependem do transporte coletivo para trabalhar, estudar e buscar serviços na capital. Seria uma melhoria significativa na vida destas pessoas”.
Durante a reunião, os técnicos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos apresentaram o projeto realizado, e já implementado pelo órgão, na cidade de Macaé. Segundo o Diretor de Planejamento e Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Pedro Cunto, “as realidades apresentadas na época eram muito semelhantes às de Curitiba – grande número de passageiros, sistema de ônibus saturado, engarrafamentos e ramais de trem subutilizados. E, apesar das dificuldades, o sistema de Macaé hoje é uma realidade. Não acredito que Curitiba será diferente disso”.
Participaram da reunião o Diretor de Transportes da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, Willian Correa, o Chefe de Gabinete da Presidência, Gabriel Hubner e demais técnicos e engenheiros da Companhia Brasileira de Trens Urbanos.