Ônibus elétricos na Rede Integrada são requisitos dos projetos estruturantes de mobilidade

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CIC Norte
BRT Leste-Oeste contará com ônibus elétricos na ligação metropolitana entre Pinhais e a estação CIC-Norte
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A entrada em operação dos ônibus elétricos em larga escala em Curitiba está ancorada em projetos estruturantes vinculados ao planejamento da cidade. No campo da mobilidade se destacam dois projetos (Novo Inter 2 e Corredor Leste-Oeste), desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), que garantiram à cidade a captação de recursos externos.

“Os projetos de Curitiba foram a chave para a atração de recursos, junto aos organismos financiadores, para o aperfeiçoamento do transporte da cidade”, observa a coordenadora do setor de Mobilidade do Ippuc, Olga Prestes.

Como parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, os projetos para a evolução do sistema de transporte público abrangem, respectivamente, duas linhas perimetrais (Ligeirinho Inter 2 e Interbairros II), entre as que mais transportam pessoas na Rede Integrada e o BRT Leste-Oeste (Pinhais-CIC Norte) com inserção metropolitana.

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Somados, os investimentos e contrapartidas municipais nesses projetos alcançam US$ 227,2 milhões. Deste total, para o Novo Inter 2 são US$ 106, 7 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com US$ 26,7 milhões do município e, para o Corredor Leste-Oeste, outros US$ 75 milhões do New Development Bank (NDB) e US$ 18,75 milhões em contrapartidas da Prefeitura.

Mapa
Como parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, o projeto do Novo Inter 2 abrange duas linhas perimetrais (Ligeirinho Inter 2 e Interbairros II) que estão entre as que mais transportam passageiros em Curitiba

Meio ambiente e inovação

Ambos os financiamentos têm vínculo com a necessidade de respostas às questões climáticas, uma prioridade mundial dos organismos multilaterais de fomento ao desenvolvimento.

No contrato do BID para o Inter 2, a eletromobilidade no transporte está contemplada no campo de Inovação, Tecnologias e estratégias de emissão de baixo carbono para fortalecer receitas tarifárias e não tarifárias e induzir o aumento do número de passageiros.

No financiamento do NDB para o Corredor Leste-Oeste, faz parte do elenco de prioridades a implantação de um sistema de transporte inteligente, com tecnologias inovadoras, também com vistas à atratividade de passageiros.

Múltiplas tecnologias

Neste mês de setembro, Curitiba está encaminhando testes de ônibus elétricos de diferentes portes e tecnologias para atender às demandas da RIT. São aspectos que levam em conta o modelo da Rede Integrada com tarifa única, que conta com os ônibus de linhas alimentadoras que levam passageiros para as linhas troncais que partem dos terminais localizados nos setores estruturais.

“O teste de tecnologias e modelos distintos é necessário para que possamos buscar a adequação às diversas configurações que temos no sistema de transporte de Curitiba. As linhas troncais são alimentadas pelas linhas que se integram nos terminais vindo dos bairros. São ônibus de diferentes portes e capacidade. Enquanto nas canaletas operam veículos maiores, a alimentação é feita por ônibus menores”, reforça Olga.

Considerando as particularidades da RIT, Curitiba deverá testar diferentes veículos, bem como tecnologias de carregamento que envolvem sistemas de plug-in, ultracapacitores, catenárias, recarga por frenagem. Entre os ônibus haverá a diferenciação de portes e modelos, que podem variar desde os veículos Padron de 18 metros, da fabricante Higer e o ônibus de 15 metros da Eletra, que serão apresentados neste mês de setembro, como também os veículos articulados da BYD, de 22 metros, que farão testes de desempenho também neste mês e os articulados de 21,5 metros, da Eletra, que devem fazer testes de operação na linha Interbairros II, no mês de novembro.

“A estratégia já prevista no planejamento é a de ampliar a frota de ônibus elétricos em todas as linhas. A baixa emissão de CO2 possibilitada pela eletrificação das linhas alimentadoras e troncais, que operam nos corredores estruturais, por exemplo, têm benefício direto na qualidade do ar e de vida nessas regiões, onde é permitido o maior adensamento de moradias, comércio e serviços, explica Olga Prestes.

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